Inventário das Necessidades e Estressores do Paciente Idoso em U.T.I.
Por psicosaude22-07-16 | 15:01
Hilgemberg C.E; Pusch, S.R; Youssef, N.; Kummer, K.; Réa-Neto, Á.
INSTITUIÇÃO: UTI – Hospital das Nações; UTI – CEPETI – Centro de Estudos e Pesquisa em terapia Intensiva; Curitiba- Pr
INTRODUÇÃO: Em busca da humanização em nossa Unidade de Terapia Intensiva temos a preocupação em voltarmos nossos estudos ao paciente idoso o qual pode necessitar de um tratamento especial devido a uma demanda diferenciada. Segundo a Organização Mundial de Saúde, idoso é indivíduo com idade igual e superior a sessenta anos.
OBJETIVOS: Identificar as necessidades e estressores no paciente idoso, com o objetivo de amenizar os possíveis desconforto e propiciar melhor qualidade de vida durante o internamento e instrumentalizar os profissionais da área de saúde para atuar com pacientes geriátricos, proporcionando um atendimento mais individualizado.
METODOLOGIA: Foi utilizado um questionário com duas perguntas semi dirigidas onde se buscou identificar quais eram os estressores e quais as necessidades do paciente enquanto internado na UTI. Como critério de inclusão na pesquisa utilizou-se : pacientes de ambos os sexos; idade superior a sessenta anos; pacientes orientados; glasgow 15; 48 horas de internação no mínimo.
RESULTADOS: Foram avaliados vinte oito pacientes na U.T.I.. As necessidades foram: 64,3% disseram não Ter necessidade; 14,28% presença de um familiar; 7,14% ficar vestidos na unidade; 3,57% tempo maior no horário de visita; 3,57% TV no leito; 3,57% ar quente no inverno; 3,57% voltar logo para casa. Em relação aos estressores, obtivemos os seguintes resultados: 78% não relatarão eventos estressantes durante o internamento; 5,5% permanecer muito tempo numa posição; 5,5% ter fios espalhados pelo corpo; 5,5% não poder se alimentar dentro da U.T.I; e 5,5% conversa alta.
CONCLUSÃO: Observou-se com esta pesquisa que o paciente idoso mostra-se tolerante ao internamento e apresenta pouca demanda para episódios estressores. Constatamos que as necessidades prementes dos idosos não fogem dos padrões já pesquisados em outras faixas etárias. Sabemos que o tratamento humanizado deve ser sempre composto em compreender as diferentes demandas e em atender as necessidades de forma individualizada.
Fonte: Revista Brasileira de Terapia Intensiva – AMIB suplemento I – ano 2002. X Congresso Brasileiro de Terapia Intensiva.